Humanismo

Humanismo

O principal expoente da terapia humanista é o psicólogo Carl Rogers. É difícil dizer em poucas palavras como funciona a sua terapia centrada na pessoa. Mas penso que o seu conceito de aceitação incondicional nos ajuda a entender os seus princípios e o modo como ele conduzia a psicoterapia, individualmente ou em grupo.

Para Rogers, só podemos mudar quando nos aceitamos. Como ele dizia: “O paradoxo curioso é que quando eu me aceito como eu sou, então eu mudo“.

O exemplo clássico para a aceitação ser fundamental para a mudança é o problema do álcool e drogas. Enquanto uma pessoa usa uma determinada substância, ela geralmente acredita que não é viciada e que tem um controle sobre o uso. Pode até brincar sobre o seu abuso, porém não aceita de verdade que tem um problema. É só quando aceita que tem um problema que ela consegue mudar.

Evidentemente, a terapia centrada na pessoa não está ligada apenas a este tipo de mudança. A aceitação incondicional por parte do terapeuta vai propiciar ao paciente a compreensão de si mesmo.

Também conseguimos compreender a utilidade e eficácia da terapia humanista quando percebemos que a autocrítica é terrível para a saúde mental. A aceitação por parte do terapeuta e até o carinho que ele demonstra por seu paciente (chamado preferencialmente de cliente no humanismo) faz com que ele também passe a se autoaceitar como é. E a aceitação gera mudança, e junto gera mais autoconfiança.

As sessões na terapia humanista não são estruturadas. O humanismo é classificado como a terceira força na psicologia e procurou estudar menos as doenças mentais e mais os estados ótimos do ser humano, como os estados de realização pessoal e espiritual.